Quem são Samantha e Conrado?

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Aos 6 anos de idade, seu lugar preferido da casa era ao pé da mesa da cozinha. Observava, com afinco, sua avó preparar biscoitos de nata feitos com leite que era entregue em saquinhos na porta de casa. Também acompanhava seu avô quando ele ia colher folhas no jardim para, depois, misturá-las no liquidificador e fazer o que ele chamava de “coquetel purificador do sangue”. A curiosa alquimia do avô, que fomentava a fantasia da menina, não era senão o que hoje é popularmente conhecido como suco verde.

Todos os dias, eram colhidos na horta da casa legumes, folhas e frutas. Tudo era consumido no momento da colheita. Samantha teve, assim, o privilégio de, já na infância, aprender e sentir a força da alimentação viva e de entender suas estações.

A menina cresceu e morou em grandes centros urbanos, como Nova York, Paris, Amsterdam e Los Angeles – nos quais o cultivo de uma horta é algo um tanto improvável, e a alimentação viva parece uma impossibilidade. Parece…

Repensar o aparentemente inconcebível e reafirmar que produzir seu próprio alimento é algo poderoso faz-se presente no cotidiano de sua vida adulta. Nos últimos anos em Los Angeles, desenvolveu seu conhecimento e, em parceria com Lauri Kranz, descobriu ser completamente viável a instalação e o monitoramento de hortas orgânicas em diversos tipos de ambiente.

De volta ao Rio de Janeiro, se entusiasma com a produção de shiitake e mudas orgânicas do seu irmão no meio da Mata Atlântica. Decidem se unir e começar, assim, o projeto Paisagismo Comestível.

 

 

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Conrado cresceu em meio à natureza exuberante da Mata Atlântica fluminense. Aos 27 anos, partiu para a Sicília, na Itália, à procura de parte de sua família. Lá, encontrou uma tia e muitas histórias. Aprendeu sobre o sabor e a riqueza de um tomate ou um alecrim colhido na hora. Depois de viajar durante oito meses trabalhando a bordo de um transatlântico, Conrado escolheu a Austrália como lugar para morar. Mais uma vez, a natureza foi fator fundamental para sua escolha.

De volta ao Rio de Janeiro para uma visita à sua família, Conrado se encantou com um sítio comprado por sua mãe há 30 anos em Lumiar. Ali estavam três décadas de uma terra não tocada, fértil, com muita vegetação e um solo riquíssimo. Conrado decidiu então ficar no Brasil e começar uma criação de shiitake. Hoje, cuida da estufa de mudas no Sítio Correto, com foco em sustentabilidade e produção orgânica, para o Paisagismo Comestível.